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Respostas dos Exercícios – 2° Ano Cap. 16

CAPÍTULO 16 – NUTRIÇÃO – GUIA DE ESTUDO

1. Nutrição pode ser definida como o conjunto de processos que vão desde a ingestão do alimento até a sua assimilação pelas células.

2. Dieta refere-se aos tipos e às quantidades dos alimentos que ingerimos. A dieta humana precisa conter diversos tipos de substância, tais como carboidratos, lipídios, proteínas, sais minerais, vitaminas e água.

3. Nutrientes energéticos fornecem energia às células; são os glicídios (ou carboidratos) e os lipídios. Nutrientes plásticos fornecem matéria-prima para a produção dos constituintes estruturais do corpo; os principais são as proteínas que fornecem aminoácidos para a construção de nossas próprias proteínas.

4. Nutrientes essenciais são substâncias que nosso corpo necessita, mas não consegue produzir, tendo de obtê-las prontas no alimento. Vitaminas, por exemplo, são nutrientes essenciais. Outros exemplos de nutrientes essenciais são os aminoácidos que nossas células não conseguem produzir, conhecidos como aminoácidos essenciais.

5. Taxa metabólica basal é a quantidade de energia gasta por uma pessoa em repouso para manter suas atividades vitais. Taxa metabólica total corresponde à quantidade de energia necessária à realização de todas as atividades do organismo.

6. Dieta protetora é aquela que contém a quantidade calórica mínima necessária para impedir a subnutrição. Dieta balanceada é aquela que, além de fornecer a quantidade de energia de que o organismo necessita (aproximadamente 3 mil kcal/dia), apresenta uma proporção equilibrada dos diversos tipos de nutrientes: cerca de 50% a 60% de glicídios (carboidratos), 25% a 35% de gorduras e 1 5% a 25% de proteínas.

7. As partes do tubo digestório humano são: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo), intestino grosso (ceco, colo e reto) e ânus.

8. Cárdia é a válvula muscular pela qual a cavidade esofágica se comunica com a cavidade estomacal. Ela mantém-se fechada pela contração de um anel de musculatura lisa. Quando essa musculatura relaxa, a cárdia se abre e permite a passagem do bolo alimentar do esôfago para o estômago.

9. Piloro é a válvula muscular pela qual a cavidade estomacal se comunica com a cavidade do intestino. Ele mantém-se fechado pela contração de um anel de musculatura lisa. Quando essa musculatura relaxa, o piloro se abre e permite a passagem do conteúdo estomacal para o duodeno.

10. Ceco intestinal é uma bolsa de fundo cego (daí seu nome), com cerca de 7 cm de comprimento, situada perto da junção com o intestino delgado. Na extremidade fechada do ceco localiza-se o apêndice vermiforme, uma pequena bolsa tubular, do tamanho de um dedo mínimo. O ceco e o apêndice parecem não desempenhar nenhuma função importante nos seres humanos; os cientistas acreditam que eles sejam “órgãos vestigiais”, isto é, que eram importantes na digestão de nossos ancestrais herbívoros e que hoje têm função reduzida.

11. Digestão é o conjunto de processos pêlos quais os componentes dos alimentos são transformados em substâncias assimiláveis pelas células. Distinguem-se dois tipos de digestão: mecânica, que consiste na trituração dos alimentos, e química, que consiste na quebra de moléculas orgânicas por ação de enzimas hidrolíticas. Na espécie humana a digestão mecânica é realizada pêlos dentes, pela língua e pelas contrações da musculatura lisa presente na parede do tubo digestório. A digestão química é realizada por enzimas secretadas por células glandulares presentes no revestimento interno do tubo digestório e por glândulas anexas, as glândulas salivares e o pâncreas.

12. A saliva secretada pelas glândulas salivares contém a enzima amilase salivar, ou ptialina, que atua sobre as grandes moléculas de amido e de glicogênio, quebrando-as em fragmentos menores, denominados dextrinas e, finalmente, no dissacarídeo maltose

13. O bolo alimentar é impulsionado por ondas rítmicas de contração, as ondas peristálticas, ou peristaltismo, que ocorrem ao longo de todo o tubo digestório.

14. A principal enzima ativa no estômago é a pepsina, que digere proteínas pela quebra das ligações peptídicas entre certos aminoácidos. Os produtos dessa quebra são cadeias de aminoácidos relativamente longas, conhecidas como peptonas Outra enzima presente no estômago é a renina, produzida em grande quantidade no estômago de recém-nascidos e de rnan ças, e em pequena quantidade no estômago de pessoas adultas A renina provoca a coagulação da caseína (principal proteína deleite), o que faz com que ela permaneça por mais tempo no estômago e seja mais bem digerida.

15. Quimo é a massa alimentar acidificada e semilíquida presente no estômago. À medida que a digestão estomacal vai ocorrendo, o esfíncter pilórico relaxa-se e contrai-se alternadamente, liberando pequenas porções de quimo para o duodeno16. Suco intestinal, ou suco entérico, é a solução de enzimas digestivas produzidas e secretadas pelas milhares de glândulas presentes na parede do duodeno. Suco pancreático é a solução de enzimas e de bicarbonatos secretados pêlos ácinos pancreáticos e eliminados no duodeno.

17. Bile é uma secreção de cor esverdeada produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Ela não contém enzimas digestivas. Seus principais componentes são os sais biliares, que emulsionam gorduras, isto é, quebram gotas de gorduras em gotículas microscópicas, o que facilita a ação da lipase pancreática.

18. Quilo é o líquido esbranquiçado a que fica reduzido o bolo alimentar após as últimas transformações químicas que ocorrem no intestino delgado.

19. A digestão dos polissacarídios amido e glicogênio inicia-se na boca por ação da amilase salivar, que quebra essas grandes moléculas em fragmentos progressivamente menores (dextrinas) até transformá-los em maltose, um dissacarídio. O processo é interrompido no estômago com a inativação da amilase pela acidez estomacal. No duodeno a digestão dos glicídios é retomada pela amilase pancreática; amido, glicogênio e dextrinas contidos no bolo alimentar são transformados em maltose. Esta, por sua vez, é quebrada em duas moléculas de glicose pela ação da maltase, uma enzima do suco intestinal.

20. A digestão das proteínas tem início no estômago por ação da pepsina, que a quebra transformando-as em grandes cadeias de aminoácidos denominadas peptonas. No duodeno, as enzimas pancreáticas, tripsina e quimotripsina, quebram as proteínas que passaram intactas pelo estômago e as peptonas resultantes da ação da pepsina em oligopeptídios e dipeptídios. As peptidases do suco intestinal degradam os oligopeptídios em aminoácidos, e as dipeptidases, também presentes no suco intestinal, quebram os dipeptídios em aminoácidos.

21. O pâncreas é uma glândula alongada, com cerca de 15 cm de comprimento e formato triangular, localizada sob o estômago, na alça formada pelo duodeno. Além de produzir os bicarbonatos e as enzimas que compõem o suco pancreático, o pâncreas também produz hormônios, apresentando, portanto, função endócrina. As células pancreáticas secretoras de enzimas ficam reunidas em pequenas bolsas, denominadas ácinos pancreáticos, que se reúnem no dueto pancreático. As células secretoras de hormônios formam pequenos agrupamentos, as ilhotas de Langerhans, dispersos entre os ácinos.

22. O fígado participa da digestão produzindo a bile, secreção esverdeada que é temporariamente armazenada em uma bolsa de forma oval, a vesícula biliar. Esta situa-se embaixo do fígado, e dela parte um canal que, junto ao dueto pancreático, forma o dueto colédoco.

23. As principais funções da bile são: eliminar do corpo substâncias indesejáveis e atuar na emulsão das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase. As principais substâncias indesejáveis eliminadas na bile são: toxinas; produtos da degradação de diversas drogas, inclusive de medicamentos; excesso de colesterol; e bilirrubina, uma substância de cor amarela produzida continuamente pela degradação de proteínas conjugadas com ferro, principalmente da hemoglobina de hemácias velhas.

24. A maioria dos nutrientes é absorvida pela mucosa do intestino delgado, de onde passa para os capilares sanguíneos e linfáticos. Os aminoácidos e açúcares resultantes da digestão de proteínas e carboidratos, respectivamente, atravessam as células do revestimento intestinal e passam para o sangue. Os capilares sanguíneos intestinais formam a veia porta-hepática, que leva os nutrientes absorvidos até o fígado. Daí os nutrientes são conduzidos ao coração, pela veia cava inferior, e, em seguida, distribuídos para todas as células do corpo pelo sangue que deixa o coração. O glicerol e os ácidos graxos resultantes da digestão de lipídios são absorvidos pelas células intestinais, reconvertidos em lipídios e agrupados, formando pequenos grãos. Esses grãos lipídicos são, então, lançados nos vasos linfáticos das vilosídades intestinais, pêlos quais chegam à veia cava e ao coração, que se encarrega de sua distribuição pelo corpo.

25. Logo após uma refeição rica em gorduras, o sangue fica com aparência leitosa, devido ao grande número de gotículas de lipídios em circulação. Após uma refeição rica em açúcares, grande parte da glicose presente no sangue é absorvida pelas células do fígado e convertida em glicogênio. Nos períodos entre as refeições, quando a taxa de glicose no sangue diminui, as células hepáticas reconvertem glicogênio em glicose, liberando esse glicídio na circulação.

26. A superfície interna do intestino delgado é intensamente pregueada, com milhões de pequenas dobras, chamadas vilosidades intestinais. As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam dobrinhas microscópicas, denominadas microvilosidades. O intenso pregueado da superfície interna do intestino delgado proporciona uma ampla superfície de contato entre as células e o quilo, o que garante a alta capacidade de absorção intestinal. Os cientistas calculam que, se esticássemos todas as pequenas dobras da superfície das células intestinais, a área total seria de mais de 30 m2, o tamanho de uma sala de 6 m x 5 m.

27. Os restos de uma refeição levam cerca de nove horas para chegar ao intestino grosso, onde permanecem, em média, de um a três dias. Durante esse período há intensa proliferação de bactérias na massa de resíduos e parte da água e dos sais nela contidos é absorvida. Assim, na região final do colo, os resíduos solidificam-se, formando as fezes. Cerca de 30% da parte sólida das fezes compõe-se de bactérias vivas e mortas, e os 70% restantes são constituídos por sais, muco, fibras de celulose e outros componentes não-digeridos. A cor escura das fezes é devida à presença de pigmentos provenientes da bile.

28. No intestino grosso proliferam diversos tipos de bactéria, muitos dos quais mantêm conosco relações amistosas, produzindo as vitaminas K, B|2, tiamina e riboflavina, entre outras; em retribuição, fornecemos abrigo e alimento a esses microrganismos. Essas bactérias úteis constituem nossa flora intestinal, e sua presença no intestino evita a proliferação de bactérias patogênicas, as quais poderiam nos causar doenças.

29. O processo da digestão dos alimentos é controlado pelo sistema nervoso autônomo e por hormônios. A visão, o cheiro e o sabor do alimento estimulam nosso sistema nervoso central, e este, por meio de nervos, estimula as glândulas salivares a secretar saliva, fenômeno conhecido como salivação, e as glândulas estomacais a secretar enzimas digestivas e ácido clorídrico.

30. Gastrina é um hormônio liberado por células da parede estomacal em resposta à presença de alimento rico em proteínas no estômago; pela corrente sanguínea atinge as glândulas da mucosa estomacal, estimulando-as a secretar grandes quantidades de suco gástrico. Esse hormônio atua também sobre o esfíncter pilórico, relaxando-o, e sobre o esfíncter cárdico, contraindo-o.

31. Secretína é um hormônio liberado por células da parede do duodeno em resposta à acidez do quimo que entra no intestino vindo do estômago. Ela exerce várias funções: inibe a secreção gástrica no estômago, reduz a mobilidade intestinal e estimula a liberação de secreção pancreática rica em bicarbonatos, a produção de bile pelo fígado e a secreção de suco entérico pela parede intestinal. A secreção de bicarbonatos é importante por neutralizar a acidez do quimo, tornando a massa alimentar ligeiramente alcalina, o que é ideal para a ação das enzimas pancreáticas e intestinais.

32. Colecistoquinina, ou pancreozimina, é um hormônio liberado por células da parede do duodeno em resposta à presença de gorduras ou proteínas parcialmente digeridas no intestino delgado. Pela circulação sanguínea, a Colecistoquinina atinge a vesícula biliar, estimulando a contração de sua musculatura, de modo a lançar bile no duodeno. A Colecistoquinina atua também sobre o pâncreas, estimulando-o a liberar as enzimas do suco pancreático.

33. Certas bactérias que vivem na boca humana alimentam-se dos restos de comida que ficam entre os dentes. Na presença de açúcar, essas bactérias multiplicam-se rapidamente, grudando nos dentes e formando as chamadas “placas bacterianas”. As bactérias das placas produzem ácidos que corroem o esmalte dental, causando cáries. Podem-se prevenir as cáries dentárias evitando-se o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar e mantendo os dentes sempre limpos, por meio da escovação e do uso de fio dental. Deve-se, também, consultar regularmente um dentista, que pode indicar a melhor forma de cuidar da higiene bucal e tratar eventuais problemas dentários.

34. Quando comemos ou bebemos demais, ou se a comida ingerida está deteriorada, nosso sistema nervoso faz entrar em ação uma operação de emergência: o vômito. Contrações violentas da musculatura abdominal e do estômago fazem o conteúdo estomacal subir pelo esôfago e sair pela boca. O gosto ácido, característico do vômito, deve-se ao suco gástrico que está misturado com o alimento.

35. Diarréia é um processo de eliminação rápida do conteúdo intestinal e pode ocorrer por diversas causas, como a ingestão de alimento deteriorado, nervosismo ou alergia a certos tipos de substâncias alimentares. Como o trânsito intestinal é acelerado, não há tempo para a absorção normal da água, o que resulta em fezes liquefeitas. Apesar de ser um processo de defesa do corpo, a diarréia continuada leva à perda de água e de sais, causando desidratação.

19/04/2009 - Posted by | 2° Ano Biologia, Exercícios 2° Ano

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